segunda-feira, 9 de novembro de 2009

SE

Estou no meu quarto, sozinha, ausente do mundo, ausente da vida… penso nos “se” todos que cruzam o meu caminho… não é possível a existência de tanta incógnita, de tanta incerteza… não sei como reagir, se é que devo reagir! Mais um “se”… tudo que faço ou digo é questionado, avaliado, interpretado… senão não faço, é a ausência de acção que é questionada, avaliada e interpretada… não é possível um “nim”! “ ou sim ou não”, “ou estas de acordo ou não”, “ou esta certo ou esta ERRADO”… no meio de tantas certezas (que não são minhas), questiono a existência de tantos “se”… “Vais a casa este fim de semana? / -Não sei, depende se…”, “podes fazer-me um favor? / Só se…”, “isso é um convite? / só se..”. Para quem as certezas, a liberdade e os amigos são tudo, posso dizer que a minha cabeça é um grande ponto de interrogação! “sabes o que se passa com ela? / não sei, não percebo, só se…”. “Porque será que não me diz nada?/ será que…? Não sei…” JÁ NÃO SEI NADA!!!! Isto assusta-me, deixa-me angustiada… onde está o meu EU liberto? PRECISO DE LIBERDADE, DE AR! Começo a achar que as pessoas são como as certezas, vão e vêem… fogem e deixam-nos o “se”, as recordações (SERÁ que são verdadeiras as recordações?), o tempo passado (SERÁ que valeu a pena esse tempo?)… ou então surgem novas hipóteses do nada, novas incógnitas, como se de um novo “X” ou um “Y” de uma equação se trata-se…. Impõe-nos um “se” na mente… E agora? O que surge agora?
SE a vida fosse a química que estudo, a matemática que amo ou o corpo humano que venero, seria muito mais simples, lógico e racional…

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